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Memória do Samba Paulistano

Redação Publicado em 06/08/2009, às 11h34 - Atualizado às 11h34

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Toniquinho Batuqueiro é destaque da coleção - RUI MENDES/REPRODUÇÃO
Toniquinho Batuqueiro é destaque da coleção - RUI MENDES/REPRODUÇÃO

Coleção se divide entre o resgate da história do samba em São Paulo e as reclamações sobre seu estado atual

Os primeiros quatro cds lançados pela coleção memória do Samba Paulista têm duas funções: como não poderia deixar de ser, o resgate das raízes do samba em São Paulo, com suas origens indígenas e africanas. A outra face é de protesto. Cada um desses CDs traz reclamações, seja nas letras ou na última faixa, em que há uma entrevista com os principais personagens dessa história. Toniquinho Batuqueiro, nascido em Piracicaba, veio para São Paulo quando andar com tamborim na mão ainda era motivo de prisão por vadiagem. Reclama do ritmo industrial que o carnaval paulistano ganhou. As Tias Baianas Paulistas, uma reunião de integrantes das alas das baianas de várias escolas, não ficam atrás. “Só tem artista e não cultura popular”, dizem na faixa “O Samba sem Sambista”. A Velha Guarda do G.R.C.E.S. Unidos do Peruche lembra a época em que a rainha da bateria era alguém da comunidade e não uma famosa qualquer. Já a Embaixada do Samba Paulistano é mais autobiográfica e metalinguística. Fala sobre o próprio samba e sua história, com direito até a momento ufanista, na faixa “Brasil” (“Liberdade faz deste país um vencedor/Liberdade, com ordem e progresso e com muito amor”).

POR MARCOS LAURO