MGMT
Congratulations
Sony
Experimentalismo e pouco apelo pop compromete novo CD da dupla
Em seu segundo trabalho, a veia eletrônica do MGMT é substituída por elementos psicodélicos e lamentavelmente a dupla Ben Goldwasser e Andrew VanWyngarden abandona seu lado pop. O resultado acaba sendo bem descartável e pouco marcante. “Flash Delirium” não faz muito sentido em seus quatro minutos de duração – o que poderia ser considerado improviso, não passa de puro capricho. “Siberian Breaks”, com suas constantes mudanças de sonoridade, talvez seja a faixa mais chata já composta pelo duo. “Brian Eno” está longe, muito longe de parecer uma homenagem ao famoso produtor. A exceção é a nostálgica faixa-título, com a levada despretensiosa, algo que falta ao resto do disco. O grande problema é que Congratulations não funciona como álbum pop. Não há aqui canções de forte apelo, como “Kids” ou “Time to Pretend”. Também está longe da tal “maturidade” que tentam vender. Mas hype nenhum deixa de ter seus motivos, por mais dispensáveis que eles possam parecer. E, enquanto uns vibram, outros bocejam.
Murilo Basso