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Morning Phase

Beck

Carlos Eduardo Lima Publicado em 13/03/2014, às 08h37 - Atualizado em 02/06/2016, às 14h04

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Beck
Beck

Em forma, músico retorna com ótimas surpresas

A música de Beck sempre tem um pingo de estranheza aqui ou ali. É comum algo parecer intencionalmente fora de foco, torto ou inacabado e grande parte do charme sonoro dele está aí. Em dois momentos ele soou absolutamente completo e “convencional”: Sea Change (2002) e agora neste Morning Phase. Mas a semelhança entre os dois discos, separados por doze anos, é enorme, e Beck parece admitir que há, sob toda a modernidade de sua música, uma espécie de cofre-forte, de prumo, do qual ele não abre mão. Se em Sea Change, cheio de baladas acústicas e cordas, ele lambia as feridas de um relacionamento encerrado, em Morning Phase ele empreende uma bela visita a sonoridades clássicas de psicodelia floydiana (“Morning”), lirismo soft rock (“Heart Is a Drum”) ou gentis passeios pela praia emoldurados por banjos (“Blue Moon”). Tudo soa plácido, belo e muito bem tocado, com participação de gente como Jason Falkner, Roger Manning Jr. (ambos ex-Jellyfish) e o baterista Joey Waronker (que tocou com o R.E.M.). Beck está de volta, justificando a ausência com louvor.

Fonte: Universal