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Morrissey

Redação Publicado em 10/02/2009, às 13h16

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Divulgação
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Morrissey

Years of Refusal

Polydor/Universal

Consistência é palavra-chave na carreira do sensível ex-cantor do grupo Smiths

Um belo dia a mídia inglesa elegeu Steven Patrick Morrissey como o “ser vivo mais maravilhoso que existe”. Não há exagero algum nessa afirmação: o garoto que passou a adolescência lendo Oscar Wilde se tornou figura mítica do pop ao cantar à frente dos Smiths. E, em sua carreira-solo, Mozz continua lançando discos dignos de seus tempos smithianos. É o caso deste Years of Refusal: Morrissey se esmera nas letras ácidas e confessionais, a banda de apoio engendra melodias dançantes e ferozes, as guitarras são agressivas (e tocadas até hoje por Boz Boorer), a produção (a cargo de Jerry Finn, que morreu de derrame logo após finalizar as gravações) realça a potência das músicas e grandes momentos se espalham por todo o disco, como o single “That’s How People Grow Up” , ou também “Black Cloud” (esta, com a participação especial de Jeff Beck nas guitarras) e “All You Need Is Me”, que não fariam feio em nenhum álbum da ex-banda do bardo de Manchester. Esse senhor fará 50 anos em maio. Assim, Years of Refusal parece ter sido gravado por um jovem com o coração saindo pela boca, mesmo nos momentos mais serenos, como em “I’m Throwing My Arms Around Paris”.

Humberto Finatti