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Mylo Xyloto

Coldplay

CARLOS EDUARDO LIMA Publicado em 09/11/2011, às 09h58 - Atualizado às 10h05

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Mylo Xyloto
Mylo Xyloto

Banda atola em clichês grandiloquentes e entrega o pior disco de sua carreira

Lembra do coldplay de parachutes (2000)? E do Coldplay de A Rush of Blood to the Head (2002)? Aquela banda que pegava emprestado alguma coisa melódica do Radiohead dos anos 90, misturava com pitadas de U2 fase Zooropa e embrulhava tudo num formato tristonho e contemplativo, mais ou menos pessoal? Então esqueça essa banda, porque ela não existe mais. O Coldplay de Mylo Xyloto, seu quinto disco, é um grupo de rock de arena, no pior sentido da expressão. Só um detalhe: que nome é esse? É um Pokémon? É um Cavaleiro do Zodíaco? É um personagem de mangá? Pois bem, entram na ordem do dia, aliás, já estão na ordem do dia desde o disco anterior, Viva La Vida (2008), isqueiros acesos, baladas grandiloquentes, fanfarronices instrumentais, presepadas vocálicas e, para sua eterna vergonha, Brian Eno, chancelando tudo. Os fãs devem exultar com canções como “Paradise”, “Us Against the World”, “Princess of China” (dueto com a cantora Rihanna, no qual tudo dá errado) e talvez odeiem “Up with the Birds”, última música do disco, com bela melodia e arranjo delicado de piano e guitarra, que pode servir como uma lembrança de um passado que nunca voltará. Não dá nem para lamentar. A mensagem é: evite a todo custo esse abacaxi de Chris Martin e companhia.

Fonte: EMI