Tatá Aeroplano
O título do disco propõe um ciclo contínuo de amores, porres, desamores e mais porres. E é construído dessa forma, iniciando-se com “Na Loucura” e chegando ao fim em “Na Lucidez”. Se o primeiro disco trazia as narrativas sempre sagazes de Aeroplano, como a excelente “Par de Tapas Que Doeu em Mim”, o novo álbum esbarra em novas experimentações – nenhuma chega aos dez minutos de “Par de Tapas...”, mas cinco das oito faixas ultrapassam o quinto minuto. Menos pop, mais dilacerado, Aeroplano não teme falar dos fracassos e decisões equivocadas, como em “Perdidos na Estrada”, que emana o melhor da sonoridade brega. O músico se aprimora em narrativas e nos leva para beber e sofrer com ele.
Fonte: Independente