Fernanda Takai
Parcerias evidenciam carisma singular da vocalista do Pato Fu
Embaixo do guarda-chuva japonês que estampa a capa do novo disco solo, Fernanda Takai parece protegida das adversidades que poderão atravessar o caminho de Na Medida do Impossível. Com um histórico de ousadias e invenções à frente do Pato Fu, ela faz agora um trabalho mais tradicional, aventurando-se como compositora e anfitriã. Na primeira função, ela acerta com a bonita balada “Partida” e ao dividir os créditos com Marcelo Bonfá (“De um Jeito ou de Outro”) e com Pitty (“Seu Tipo”). Com respaldo de John Ulhoa, marido e companheiro de banda, Fernanda revive composições de Julieta Venegas, George Michael, Benito di Paula e Renato Barros. Mas os convidados pouco acrescentam à obra. Há uma pouca expressiva participação de Zélia Duncan em “Mon Amour, Meu Bem, Ma Femme”, de Reginaldo Rossi, e a pacata presença do Padre Fábio de Melo no hit das missas católicas “Amar como Jesus Amou”, autoria de Padre Zezinho que ganhou arranjos com sons de videogame. Por outro lado, as parcerias pouco memoráveis só ajudam a ressaltar a força singular das interpretações da cantora.
Fonte: Deck/Natura Musical