Nothing But the Beat

David Guetta

BRUNA VELOSO

Publicado em 13/10/2011, às 11h37 - Atualizado às 11h44
Nothing But the Beat
Nothing But the Beat

DJ e produtor francês cumpre a tarefa a que se propõe

Sim, não há dúvidas: é eletrônico “farofa”, de fácil assimilação e um prato cheio para as rádios. E será que isso é exatamente um problema? O francês David Guetta quer mais é fazer o público dançar com sua mistura de house, dance e refrãos pegajosos – sem ligar para quem acredita que beats populares como os dele não merecem credibilidade. Com o disco One Love, de 2009, Guetta comprovou se encaixar perfeitamente no perfil de “DJ superstar”. E com Nothing But the Beat ele decreta de vez suas pretensões universais, com ainda mais convidados conhecidos do pop: além dos já parceiros Will.i.am e Akon, Nicki Minaj e Flo Rida (que já estouraram com “Where Them Girls at”), Snoop Dogg (em outro single poderoso nas paradas, “Sweat”) e Taio Cruz com Ludacris (se você ouve rádio, também já ouviu “Little Bad Girl”). Isso no disco 1, que deve render pelo menos mais uns quatro hits. No disco 2, nada de vocais – e nada muito empolgante, fora duas parcerias interessantes com o DJ Afrojack (“Lunar” – um tanto Daft Punk de 1997 – e “The Future”), e “Sunshine” (o título ajuda a imaginar a música tocando ao amanhecer intemperado das festas eletrônicas a céu aberto). Sem medo de ser popular, Guetta mantém a fórmula manjada, muitas vezes cansativa, do pop eletrônico, mas atinge seu objetivo: bombar as pistas.

Fonte: EMI

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