Lulina
Em segundo disco, cantora se coloca como uma recém-chegada ao planeta
Em Pantim, Lulina joga um olhar ingênuo sobre o cotidiano, transmitido com a voz frágil de uma sarcástica personagem. Distorções e harmonias ácidas em canções como “Prometeu sem Cadeado” destoam em um álbum delicado, com músicas que disfarçam melancolicamente uma certa frustração com o mundo. Longe da perfeição técnica, a protagonista não hesita em se expor. Pelo contrário, é até egocêntrica em faixas como “Pantim”, na qual reclama: “Ninguém presta atenção no que estou dizendo” – um apelo transparente de uma cantora que também não se preocupa em adequar-se à audição alheia.
Fonte: Independente