Port of Morrow
The Shins
LUIZ CÉSAR PIMENTEL
Publicado em 13/04/2012, às 10h20 - Atualizado às 10h23Líder James Mercer continua mestre das melodias enxutas e bem acabadas
No (bom) filme alternativo Hora de Voltar, de 2004, Natalie Portman solta algo como: “Ouça The Shins, vai mudar sua vida”. Sem chance. É/era tudo muito indie, muito manter olhar fixo para o próprio All Star, muita falta de noção do que fazer com os próprios braços, muita timidez. Mas aí chega a hora em que o homem por trás do Shins, James Mercer, se livra dos membros originais do grupo (formado há 15 anos), da vergonha da própria guitarra e o som explode em seu melhor registro. Se a melodia indie pop era muito boa no debute (Oh, Inverted World), ótima em Chutes Too Narrow (2003) e meio fora de rumo no posterior, Wincing the Night Away (2006), neste Port of Morrow o som salta para primeiro plano. Mercer deixa a sombra, vai para o holofote, experimenta um pouco mais na eletrônica e sua a mão de grande compositor encontra as cores certas – ouça “It´s Only Life”, “For a Fool” e o single “Simple Song” e você vai entender.Não deve mudar sua vida. Mas vai deixá-la um pouco mais colorida.
Fonte: Interscope Records