Rock Rocket
Power trio paulistano traz rock puro, sem arrependimentos
A banda chega ao terceiro disco de forma consistente, produzido por Rafael Crespo (Planet Hemp). É rock de uma geração pós-sexo-drogas-e-rock-and-roll, que briga para manter a essência suja diante do bom-mocismo generalizado. E puro e urgente, como na faixa de abertura, “Maria Eugênia”, que tambem é o primeiro single. Nela, as batidas aceleradas, a guitarra e o baixo são acompanhadas por uma dupla de metais de respeito, Guizado e Maurício Pereira, que tocam trompete e sax, respectivamente. “Sei que sou louco, mas sou um louco do bem”, canta Noel Rouco, em versos ágeis para convencer a garota que roqueiros também amam – e não são tão maus assim. Os Rolling Stones surgem como referência em “Big Castle”, “Pérola da Noite” e “Rocket Jane”. Ainda que haja espaço para a surf music, na instrumental “Shark Attack” e em “Malóri Beach”, o disco segue como sugere “Eu Não Morri de Overdose”: com cheiro de ressaca e cerveja velha espalhada no assoalho.
Fonte: Pisces Records