Katy Perry
Teenage Dream
EMI
Crônicas juvenis, tolas mas nada ingênuas, voltam para divertir
Do alto de seus 25 anos, a cantora e compositora norte americana ainda tenta ser a epítome da adolescência. Seu segundo álbum de estúdio com a alcunha Katy Perry continua a aventura teen de One of the Boys, lançado em 2008. Deitada seminua nas nuvens, feito Lolita pedindo atenção, Perry consegue dar vislumbres conceituais a um trabalho eminentemente pop. “California Girls” (parceria com Snoop Dogg) sintetiza o novo trabalho da artista, cujo coração chega a parar de amor pelo namorado na faixa-título para depois a penas querer ver o peru do indivíduo na dançante e hilária “Peacock”. A contradição s egue e m “ Circle the Dream” e “The One that Got Away”, baladas com o visgo do pop rock dos anos 80 em que Kate Perry fica séria e solta uma voz original para um público desconhecedor de Kim Carnes e Bonnie Tyler. Segue também quando volta a ser piveta como na frenética “Last Friday Night”, uma das melhores do álbum, narrando uma sexta-feira típica, desde o churrasco da tarde até a amnesia alcoólica do dia seguinte e tudo de bom no meio do caminho. Ela pode não ter a voz de Amy Winehouse, o impacto de Lady Gaga ou a imponência de Beyoncé, mas, com Teenage Dream, Katy Perry ainda anima a festa.
José Julio do Espírito Santo