Bebeto
Prazer, Eu Sou Bebeto
EMI
Pioneiro do samba-rock volta à ativa em CD de inéditas em que a descontração fala mais alto
O sambalanço (ou samba-rock, ou suingue, como preferir) é um dos ritmos mais dançados e tocados na noite paulistana. E agora este paulistano, um dos responsáveis pela popularização do estilo Brasil afora, lança Prazer, Eu Bebeto. Nome este que cabe muito bem, porque as novas gerações podem ter passado batido pela parte da história em que Bebeto foi um dos maiores do samba-rock. Tanto é que, entre tantas inéditas, Bebeto faz questão reviver “Água, Água”, um de seus maiores sucessos, retirado de Esperanças Mil, seu primeiro LP, de 1977. Os ataques dos metais, característicos gênero, aparecem fortes em “Charme” – uma homenagem à mulher brasileira –, “Cara Casado” e “Herdeiros da Raça”. Com o cantor carioca Mombaça, Bebeto faz uma interessante mistura entre samba-rock e samba-reggae em “Com Sotaque do meu Samba”. O CD ainda traz uma homenagem no estilo voz e violão a Noel Rosa em “Eterno Poeta”. Bebeto consegue transitar entre as baladas e o suingue sem perder o pique e mostra que ainda tem muita trilha sonora na manga para os corpos balançarem na batida da guitarra. Se existisse uma categoria “música de bem com a vida”, Bebeto e seu novo CD estariam nela. A balada “Amor Infinito” e seu arranjo de violoncelo encerram o disco, reforçando que quem suinga também ama.