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The Soul Sessions Vol. 2

Joss Stone

Carlos Eduardo Lima Publicado em 10/08/2012, às 13h39 - Atualizado às 13h57

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Joss Stone - divulgação
Joss Stone - divulgação

Cantora revisita de forma pífi a obscuridades do soul

Joss Stone continua linda, desejável, mas é inegável que seus trabalhos vêm perdendo fôlego ao longo dos anos. Talvez hoje, dez anos depois de sua estreia, aos 15 anos de idade, cantar algumas pepitas da soul music tenha sido seu movimento artístico mais interessante. Não surpreende então que, justo agora, Joss e companhia tenham decidido requentar a fórmula de revisitar standards da época dourada da música negra. O maior mérito – e talvez único – desta nova empreitada é que não há obviedades ao longo do repertório. Ela joga seus vocais ainda inexperientes para esse tipo de música em belezas atemporais como “While You’re out for Sugar”, do trio feminino The Honey Cone, levando embora tudo o que é sutileza no original. Joss empreende uma pasteurização vocal que o raso senso comum de 2012 entende como uma “boa interpretação”. Esse desconhecimento sentimental do que signifi ca soul music segue adiante, vitimando sistematicamente “(For God’s Sake) Give More Power to the People” (The Chi-Lites), “The Love We Had” (The Dells), “Teardrops” (Womack & Womack) e “Then You Can Tell Me Goodbye” (escrita por John D. Loudermilk). Na comparação com gente do calibre de sofredores como Sharon Jones ou Charles Bradley, por exemplo, a lourice neo-hippie de Joss aparece fora de lugar. Mesmo que este Soul Sessions Vol. #2 conte com músicos do nível de Ernie Isley (lendário guitarrista dos Isley Brothers) e tenha potencial para agradar aos fãs da moça, o destino mais lógico será o canto menos visitado da estante de discos do mp3 player ou do HD de seu computador.

Fonte: Warner