The Stars Are Indifferent to Astronomy

Nada Surf

MARIANA TRAMONTINA

Publicado em 13/02/2012, às 10h50 - Atualizado às 10h53
Trio mantém harmonia e identidade, mas não traz canções inesquecíveis - divulgação
Trio mantém harmonia e identidade, mas não traz canções inesquecíveis - divulgação

Trio mantém harmonia e identidade, mas não traz canções inesquecíveis

Desde o sucesso arrebatador de “Popular”, em 1996, o Nada Surf tenta um novo reconhecimento por parte daqueles que o subestimaram como “one hit wonder”. E este sétimo álbum, The Stars Are Indifferent to Astronomy, que quebra um intervalo de quatro anos sem músicas inéditas, ainda não faz valer o esforço. A banda segue em total harmonia com sua identidade, entre um indie rock atemporal, baladas essencialmente pop e melodias pegajosas, mas não traz um grande hit ou uma canção inesquecível. Com mais de 15 anos de estrada, o trio fez um disco liricamente mais maduro, mas não sonoramente mais aguçado do que Let Go (2003, do hit “Inside of Love”) e The Weight Is a Gift (2005). Aos 44 anos, Matthew Caws ainda canta sobre a descoberta de uma coisa chamada vida adulta, mas lamenta a juventude perdida: “Nunca é tarde demais para os sonhos adolescentes” (em “Teenage Dreams”), “Você desejará ser jovem novamente” (“Let the Fight Do the Fighting”) e “Eu não posso acreditar que o futuro está acontecendo comigo” (“The Future”). Não é um disco que decepciona os fãs, mas a angústia em “Waiting for Something” (“Eu sempre sinto que estou esperando por alguma coisa”) evidencia que ainda há bem mais por fazer.

Fonte: Barsuk/Inker

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