Rolling Stone Brasil
Busca
Facebook Rolling Stone BrasilTwitter Rolling Stone BrasilInstagram Rolling Stone BrasilSpotify Rolling Stone BrasilYoutube Rolling Stone BrasilTiktok Rolling Stone Brasil

¡Tré!

Green Day

Pablo Miyazawa Publicado em 11/01/2013, às 16h48 - Atualizado às 16h51

WhatsAppFacebookTwitterFlipboardGmail
-
-

Mais fraco da trilogia, disco evidencia pressão para reencontrar glórias passadas

Visto de longe, parecia mesmo uma grande jogada essa de lançar três discos em seis meses. A ação denotaria o esforço criativo e a abundância infinita de ideias de um Green Day com duas décadas nas costas, veterano e não mais tão unânime. A teoria, porém, funciona melhor do que a prática. Após gastar cartuchos em álbuns conceituais bem recebidos (American Idiot e 21st Century Breakdown), só mesmo se a banda se reinventasse novamente ou retornasse às origens sem cair no ridículo. Não foi nem uma coisa nem outra, mas algo no meio do caminho. E avaliando ¡Uno!, ¡Dos! e ¡Tré! juntos é que percebe-se que o Green Day exagerou na própria dose. As 37 músicas poderiam facilmente se tornar apenas um único bom disco com 15 faixas, e ainda assim, não seria um dos melhores da trajetória da banda. ¡Tré! até é diversificado, apesar de basicamente em marcha lenta – começa com a balada movida a dedilhados “Brutal Love”, passa pelo pop açucarado (“8th Avenue Serenade”, “Amanda”) e finaliza com a melada “The Forgotten”. Nada é exatamente ruim, mas como grande parte de ¡Uno! e ¡Dos!, falta certa alma – ou os lampejos de genialidade que eram constantes no até hoje inigualável Dookie. Não foi por coincidência que Billie Joe Armstrong sofreu um colapso no palco e foi para a reabilitação um dia antes de lançar ¡Uno!: a pressão para superar os próprios limites talvez tenha sido demais.

Fonte: Warner