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Virtuais, mas Consistentes

Redação Publicado em 07/04/2010, às 05h39 - Atualizado às 06h23

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<b>FIGURINHA CARIMBADA</b> Murdoc posa com os convidados do CD ao fundo - Divulgação
<b>FIGURINHA CARIMBADA</b> Murdoc posa com os convidados do CD ao fundo - Divulgação

Gorillaz

Plastic Beach

EMI

Banda cartoon chega ao terceiro disco dando banho em muito artista “de verdade”

No ano passado, Damon Albarn reviveu seus tempos como frontman do Blur em escassos e concorridos shows, mas ser operário do britpop não está mais na sua agenda diária. Para ele, é muito mais vantajoso soltar suas paranoias no Gorillaz e assim continuar como cérebro musical por trás dos personagens Russel, Noodle, 2D e Murdoc. Plastic Beach, terceiro álbum de sua banda virtual, mescla elementos do britpop, dub e eletrônica. Nasce intencionalmente pretensioso, mas não derrapa. “Stylo” conquista com sua atmosfera artificial – e seus vocais que crescem em conjunto com a canção. Já é hit, principalmente por causa do clipe bacana que tem Bruce Willis “caçando” os macacos animados. “Some Kind of Nature” sintetiza todo o leque de influências que o Albarn possui, fugindo de fórmulas prestabelecidas e transbordando ecletismo. “On Melancholy Hill” é um passeio pela solidão: sob efeitos, segue arrastada, quase desconstruída. Comove ao transitar entre a melancolia e o desespero. Com Plastic Beach o Gorillaz dá vida a canções que fluem irresistivelmente em um disco que conta com participações preciosas de Lou Reed, Mark E. Smith e Moz Def. Com essa escalação, fica difícil mesmo não agradar. Plastic Beach já é um dos eventos musicais de 2010, um ano até agora, desculpem o trocadilho, não muito animado no pop internacional.

Murilo Basso