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What We Saw from the Cheap Seats

Regina Spektor

Will Hermes Publicado em 15/06/2012, às 13h29 - Atualizado às 13h32

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MENINA MALUQUINHA Regina, sempre diferente - SHERVIN LAINEZ
MENINA MALUQUINHA Regina, sempre diferente - SHERVIN LAINEZ

Musa indie cria canções pessoais nem sempre sérias

As melodias de Regina Spektor são forjadas no piano, têm uso de beatboxing e falam de mágoa, mas seus vocais parecem ter saído de um desenho animado. Com esses ingredientes, ela se tornou a Joni Mitchell de sua geração: uma cantora-compositora que prega verdades emocionais em meio a gozações. Este seu novo álbum é ainda mais coeso do que Far, de 2009. Se bobear, é o melhor trabalho da cantora. Principal prova: “Firewood”, que trata uma doença mortal (um tema recorrente para Regina) com surrealismo elegante; nela, Regina diz a um camarada: “Erga-se de sua fria cama de hospital/estou falando, você não está morrendo”. “Ballad of a Politician” se destaca como uma sátira política afiada. Mesmo as canções supostamente menos sérias têm suas recompensas. “Oh Marcello” é uma narrativa mafiosa com sotaques ultrajantes e emoção verdadeira; “All the Rowboats”, que denuncia os museus como “mausoléus públicos”, é algo revelador, vindo de alguém que abandonou o universo da música clássica. Ainda mais autêntica é “Small Town Moon”, que usa deliciosas metáforas para passar esta mensagem: siga com suas fontes de inspiração, dane-se o que aconteça. Da nossa parte, continuamos esperando que Regina nunca pare.

Fonte: Warner