Katy Perry
Katy Perry vinha entregando algumas mudanças nos singles que antecederam o lançamento de Witness. Havia mensagem de protesto (“Chained to the Rhythm”, com Skip Marley) e batidas mais encorpadas (“Swish Swish”, com Nicki Minaj), além do hip-hop já experimentado anteriormente (“Bon Appétit”, com Migos). Mas o longo percurso de 15 faixas faz com que o ouvinte fique com o botão “pular” sempre em alerta. Fogem à curva da mesmice o furacão feminista “Hey Hey Hey”, parceria de Sia com o produtor Max Martin, o synthpop retrô “Power” e a canção que dá nome ao disco, marcada por um simpático assobio no final. Uma espécie de “prima” de “Sweet Dreams”, do Eurythmics, “Roulette” tem jeitão disco/eurodance. Katy engata um caminho mais introspectivo quando desacelera e investe em baladas como “Mind Maze” e “Into Me You See”. Mas, nessa busca por maturidade, ela poderia ter amenizado o uso do Auto-Tune, por vezes excessivo.
Fonte: Universal