Continental
Saló ou os 120 Dias de Sodoma
Saló é um dos filmes mais polêmicos dos anos 70, radicalizando na violência cruel de Laranja Mecânica e no sexo atormentado de O Último Tango em Paris. Pier Paolo Pasolini foi à fonte, adaptando para a Itália, na agonia do fascismo, um dos escritos mais perturbadores do Marquês de Sade, com sua reflexão sobre sexo e poder. O diretor vinha da picaresca Trilogia da Vida, e lançou, sem aviso prévio, este canto de morte. Soa quase natural que tenha sido brutalmente assassinado por um garoto de programa meses depois.
POR ALEX ANTUNES