Continental
O Retrato de Dorian Gray
Esta produção de 1945, baseada no livro de Oscar Wilde, desafiou a censura. O diretor e roteirista Albert E. Lewin se desdobrou para que ficassem nas entrelinhas as monstruosidades cometidas por Dorian Gray (Hurd Hatfield). Mas o público adulto não teve muito problema em entrar no universo decadente do eternamente jovem e belo Dorian e ficou fácil decifrar as citações a homossexualismo, drogas e perversões sexuais. O clima gótico é realçado pela cinematografia de Harry Stradling e as sequências mostrando o retrato decaído de Dorian são memoráveis.
POR PAULO CAVALCANTI