Há tempos a indústria cultural percebe os videogames como um braço importante para dar continuidade a franquias que fizeram sucesso no cinema ou na televisão, mas isso não é sinônimo de boas ideias. Jogos sofríveis já derrubaram empresas, como a adaptação de E.T. – O Extraterrestre, que contribuiu para a derrocada do Atari em 1982. Terra- Média: Sombras de Mordor e Alien: Isolation mostram, contudo, um outro lado desse tipo de jogo. Eles não adaptam nada, aliás, só pegam emprestado as mitologias próprias de dois universos multimilionários – os livros e os filmes de O Senhor dos Anéis e Alien: O Oitavo Passageiro – e criam uma história totalmente inédita. Algo apetitoso para os fãs mais ardorosos e didático para aqueles não aprofundados nas respectivas franquias. Sombras de Mordor e Isolation nasceram blockbusters, usando e abusando dos gráficos estonteantes da nova geração de consoles, e sem trazer roteiros preguiçosos, com enredos independentes. É viciante estraçalhar orcs e monstros com a espada, como se estivéssemos no mundo criado por J.R.R. Tolkien, ou fugir do alienígena mais temido do cinema, da obra- -prima de Ridley Scott.
Fonte: Sega