ST2
Mal Eterno
Dois lançamentos enfocam os primeiros anos da maior banda de heavy metal de todos os tempos
Mostrar como foram feitos alguns dos grandes discos da história é o mérito da coleção Classic Albums. Agora, é a vez de Paranoid (1970), o segundo disco do Black Sabbath, que, assim como, ao menos, seis entre oito álbuns de inéditas e em estúdio da era Ozzy, nasceu clássico. Mestres absolutos de um gênero (ou subgênero?) que atravessa o tempo e se regenera longe do mainstream, Ozzy Osbourne (vocais), Tony Iommi (guitarra), Terry Geezer Butler (baixo) e Bill Ward (bateria), hoje respeitáveis senhores, contam os bastidores da criação e das gravações de composições que entraram para a história da humanidade, como “War Pigs” e “Iron Man”. “Paranoid”, um dos maiores hits pop do Sabbath junto com a balada “Changes”, foi criado em menos de meia hora com a intenção de preencher um espaço vazio no disco. Genialidade é assim, se manifesta das formas e nos momentos mais inusitados. Nos extras (são 42 minutos deles), acompanhar o pai de todos os riffs, o canhoto Iommi, tocando com seus dedos mutilados da mão direita é emocionante.
Por Ricardo Franca Cruz