Caixa junta cinco importantes filmes do versátil cineasta paulistano
É difícil categorizar o trabalho do prolixo diretor, roteirista e produtor Francisco Ramalho Jr. Na cadeira de diretor, enveredou pela comédia de costumes, drama, crítica social e até mesmo pela pornochanchada. Este box, apesar de não ter tudo o que ele fez, serve como um bom cartão de visitas. Anuska, Manequime Mulher (1968), estrelado por Francisco Cuoco, marca a estreia de Ramalho na direção. O Cortiço, de 1977, é uma polêmica e picante adaptação da obra do escritor Aluísio de Azevedo, trazendo Betty Faria, Mario Gomes e Armando Bogus. Paula – A História de uma Subversiva?, de 1978, tocava em um assunto espinhoso para a época, que era a luta armada. Besame Mucho (1987) é sem dúvida o filme mais popular de Ramalho, com os afiados Antonio Fagundes, José Wilker, Christiane Torloni e Glória Pires vivendo casais que presenciam os altos e baixos ocorridos na sociedade no Brasil dos anos 60 aos 80. O filme mais recente é Canta Maria (2006), que conta uma história ambientada no tempo do cangaceiro Lampião, aqui interpretado por José Wilker.
P.C.