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Documentário codirigido por Branco Mello mostra algazarras da banda
Apesar de ser retirado da letra de “diversão”, não é por acaso que o título do documentário dos Titãs é “a vida até parece uma festa”. As imagens pinçadas pelos diretores Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves (o mesmo do premiado clipe de “Epitáfio”, centelha desse projeto) em arquivos pessoais e de emissoras, mostram a banda paulistana fazendo tudo quanto é tipo de algazarra na quase totalidade da película, optando em focar no lado A da vida do octeto inicial. E nada fugia do humor mordaz e sagaz deles, não importando o lugar em estivessem. Fosse numa ponte aérea, numa reunião de amigos ou num programa de auditório (as imagens com Gugu e Hebe são impagáveis), invariavelmente essas ocasiões enveredavam para o escracho. E é fácil de compreender esse comportamento: antes de ser uma das principais bandas brasileiras de rock, e mesmo com esse status já conquistado, eles nunca deixaram de ser grandes amigos que cresceram, ganharam e sofreram juntos. Daí porque o momento mais emocionante é justamente o que retrata a trágica morte do guitarrista Marcelo Fromer. Mesmo com o vasto material levantado, o documentário peca por não situar de modo preciso o espectador leigo na história da banda. Mas certamente vai render muitas risadas e lágrimas para os fãs.
POR LEONARDO DIAS PEREIRA