Esta adaptação do clássico mangá de Masamune Shirow gerou controvérsias ainda no período de produção. Os estúdios foram acusados de “whitewashing” ao nomear Scarlett Johansson como protagonista em vez de uma atriz asiática. A verdade é que o corpo de Scarlett representa apenas a casca robótica que abriga um cérebro humano, o que justifica sua aparência. E é preciso apontar que, na pele de Major, a norte-americana faz um ótimo trabalho – como é possível ver em um dos três extras (Humanidade Programada – Fazendo A Vigilante do Amanhã, de cerca de meia hora), ela deu tudo de si nas cenas de ação. O visual é de encher os olhos, e os questionamentos da história, lançada em 1989 (e que já deu origem a longas e séries em animação), não poderiam ser mais relevantes: Ghost in the Shell mostra um futuro em que humanos são “melhorados” com pedaços tecnológicos. Major é a primeira de sua espécie, porém vive em conflito – é dona de um corpo perfeito e feito sob medida, mas não tem memórias. O filme não rendeu boa bilheteria, o que possivelmente inviabilizará uma sequência. Uma pena.
Fonte: Paramount