Amantes Eternos

Jim Jarmusch

Christian Petermann

Publicado em 18/08/2014, às 15h25 - Atualizado às 15h50
Hiddleston e Tilda em romance existencial.  - Divulgação
Hiddleston e Tilda em romance existencial. - Divulgação

Jim Jarmusch é um dos melhores retratistas do homem desencaixado do sistema, dos outsiders que imprimem poesia às jornadas marginais. Neste novo roteiro original, o cineasta acompanha um casal de vampiros (palavra nunca usada no filme): ele, Adam (Hiddleston), é um músico em depressão que vive em Detroit; ela,

Eve (Tilda Swinton), construiu uma vida em Tanger, no Marrocos. Ambos se adaptaram aos tempos modernos e obtêm doses de sangue por vias não violentas. Quando Eve se junta ao amante secular nos Estados Unidos, a harmonia do casal é desestruturada pela visita inesperada da irmã mais nova de Eve, Ava (Mia Wasikowska). A construção climática é rigorosa: o filme tem tratamento fotográfico para simular película (foi gravado de maneira digital por questões de orçamento), abundância

de referências artísticas em fotos, livros e diálogos, uma lânguida noção de sensualidade e solidão e, claro, uma trilha sonora fascinante, sempre um forte na obra de Jarmusch.