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Foi Apenas um Sonho

Redação Publicado em 09/02/2009, às 19h14 - Atualizado em 10/02/2009, às 11h51

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Divulgação
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Sam Mendes

Kate Winslet, Leonardo DiCaprio

O casamento como uma sucessão de banalidades e frustrações

O que um livro cult escrito por richard Yates em 1961 sobre um casamento suburbano em frangalhos na década de 1950 tem a dizer neste novo século? Muita coisa. E a crueza fascinante de Apenas um Sonho bate exatamente onde mais dói. Ouvir Kate Winslet, no papel de April Wheeler, expressar sua vontade de “ser maravilhosa neste mundo” é ser lembrado de necessidades usualmente reprimidas e sem prazo de validade. A atriz e seu parceiro, Leonardo DiCaprio, no papel de seu marido, Frank, não podiam estar melhores como o jovem casal que se muda de Manhattan para o subúrbio, prometendo a si mesmos que aquela é apenas uma situação temporária. April sonha em se mudar para Paris, onde trabalharia enquanto Frank batalharia por suas aspirações artísticas. Some a isso duas crianças, ambições frustradas, adultério – Frank com sua secretária (uma vibrante Zoe Kazan) e April com o vizinho casado (o excelente David Harbour) – e uma terceira gravidez, desta vez indesejada, de April e o som que se pode ouvir em seguida é o de sonhos se despedaçando. Dirigido com extraordinário talento por Sam Mendes (Beleza Americana, 1999), Apenas um Sonho é como uma trilha dura e difícil, mas que vale a pena ser percorrida.

P.T.