Rob Zombie
Malcolm MacDowell, Tyler Mane
Mesmo com um certo atraso, vale conferir nova orgia de sangue
Rob Zombie tem um senso de humor tétrico. Em sua estreia como diretor, ele deu uma repaginada no terror esculpindo literalmente uma Casa dos Mil Corpos no filme homônimo. Agora neste Halloween – O Início, que foi lançado lá fora em 2007 e só agora chega à tela grande no Brasil, transforma Michael Myers em um psicopata de mil máscaras. E você pode se divertir em ver as suposições que o diretor metaleiro cria para explicar a psicopatia de Michael. Aos 10 anos, ele não passava de um lourinho com cara de anjo que se escondia para matar ratinhos. Acontece que Michael se esforçava para ser bom, mas a mãe era a voluptuosa Sheri Moon (mulher de Zombie) e era stripper, a irmã batia nele e o chamava de fedelho e o padrasto, o inútil que só ficava assistindo televisão. E deu nisso que todo fã de filme de horror conhece. Depois do banho de sangue, o moleque é encaminhado para um sanatório e vira um gigante cabeludo de 2 metros, que se esmera em fazer máscaras primitivas. Prevê-se que a criatura vai fugir do hospital e causar o rebuliço do original, que John Carpenter dirigiu em 1978. Mas Zombie deixa tudo mais supercomposto, os atores supertensos, rolando os olhos, e com sombras se arrastando atrás. Enfim, ficou tudo muito exagerado, mas deve-se admitir que até nisso Zombie demonstra personalidade.
POR HAMILTON ROSA JR.