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Histórias Cruzadas

Tate Taylor

CHRISTIAN PETERMANN Publicado em 09/02/2012, às 10h12 - Atualizado às 10h29

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Viola Davis (à esq.) e sua vida trabalhando para patroas brancas - divulgação
Viola Davis (à esq.) e sua vida trabalhando para patroas brancas - divulgação

Elenco de ótimas atrizes dá categoria a filme com tom choroso e manipulador

Este drama com fortes pitadas de humor sobre racismo nos anos 60 surpreendeu nas bilheterias durante o verão hollywoodiano, temporada mais afeita a testosterona em hiperatividade. Adaptação do romance A Resposta, de Kathryn Stockett, o filme mostra como na cidade de Jackson, no Missouri, em 1963, uma jovem escritora (Emma Stone, de A Mentira) decide registrar o que pensam as domésticas negras que trabalham para as ricas famílias brancas locais. A premissa é inspiradora, e o resultado é um filme que não arriscou além do potencial dramático inerente. O diretor e roteirista novato (e branco) Tate Taylor fez um filme para comover e manipular plateias... brancas, que ao menos nos Estados Unidos se debulharam em lágrimas em clara manifestação de culpa inconsciente. Não se evitam os clichês tanto de humor quanto de comoção, e o filme só não se transforma em novelão pelo talento do elenco feminino, que promete arrebatar muitos dos prêmios de interpretação da temporada – destacam-se Viola Davis (Dúvida), Octavia Spencer (veterana da TV e do cinema, em seu primeiro papel de repercussão) e Jessica Chastain (a mãe em A Árvore da Vida). Para facilitar o pacote “multiplex” da produção, o tema principal, “The Living Proof”, é cantado por Mary J. Blige, nome de aceitação pop entre gregos e troianos.