Matthew Vaughn
Baseado na HQ de Mark Millar e Dave Gibbons, Kingsman se pronuncia como uma sátira aos fi lmes de espionagem, mas também é capaz de produzir um dinâmico e surpreendente material próprio. Colin Firth é Harry, agente secreto que recruta um jovem suburbano (Egerton) para entrar nas fi leiras de um grupo de espiões sediado na Inglaterra. O vilão que pretende destruir a humanidade, mas que paradoxalmente quer salvar o planeta, é o multimilionário Valentine (Samuel L. Jackson). A trama segue e o sangue corre. O diretor, Vaughn, nos revela um mundo perturbador, no qual a brutalidade gera diversão. Dois massacres resumem a proposta estética do fi lme. O primeiro acontece em uma igreja lotada de fiéis, ao som de “Free Bird”, do Lynyrd Skynyrd. No segundo, em um bunker, onde acontece uma explosão de cabeças, a trilha é a peça erudita “Pomp and Circunstance”, de Edward Elgar. Como nos melhores momentos dos longas de Quentin Tarantino, há um verniz de elegância e beleza em meio à selvageria.