Manchester à Beira-Mar

Lee Chandler (Casey Affleck) ganha a vida como zelador em Quincy, Massachusetts. Irritadiço, monossilábico e impopular, leva uma existência monástica até que ocorre uma tragédia. Joe (Kyle Chandler), o irmão dele, morre devido a uma condição cardíaca e deixa para Lee a incumbência de ser tutor do filho, Patrick (Lucas Hedges), um rapaz de 16 anos hiperativo e falante. Isso é a última coisa que Lee quer no mundo. Para piorar, por causa do ocorrido, ele tem de voltar para Manchester, sua cidade natal. Lá estão os motivos de o taciturno Lee ter se tornado uma figura que não é apreciada por ninguém – nem mesmo por ele próprio. Affleck e Michelle Williams, como a ex-esposa de Lee, são fortes candidatos a indicações ao Oscar. O diretor e roteirista, Kenneth Lonergan, não usa de melodrama – nada de epifania, grandes discursos ou redenção. Mesmo com temas pesados, o longa tem um humor que aparece na hora certa. Manchester à Beira-Mar mostra vidas banais e rotineiras. A mensagem do filme é que, apesar de eventuais desgraças, todos acham uma forma de seguir em frente. E, nesse processo, mesmo pessoas importantes são deixadas para trás.