Paul Thomas Anderson
Religião e relações entre guru e discípulo são discutidas de forma cerebral
Paul Thomas Anderson detesta pensar pelo público, por isso não é apreciado pelos preguiçosos. Seu sexto filme é a história ficcional de Lancaster Dodd (Philip Seymour Hoffman), que na década de 50 lidera um culto chamado A Causa. Dodd começa a fazer a cabeça de um perturbado veterano da segunda Guerra chamado Freddie. Quell (Joaquin Phoenix). No processo, Hoffman levanta sua voz para chamar atenção ou a abaixa como um sussurro aveludado com resultados hipnóticos. Mas é o que o guru tenta esconder - seu sorriso interno, suas raivas repentinas, sua conexão com o coração feral de Freddie - é o que torna o retrato monumental. Phoenix completa a maestria de Hoffman, encarnando Freddie como um nervo cru e exposto. O Mestre não se esguia em alfinetar o negócio da religião e suas técnicas de lavagem cerebral. Cientologia? Julgue você mesmo. O elemento humano sangra na tela nas profundas interpretações oferecidas por Hoffman e Phoenix. Em sua intrincada dança de lealdade e traição, O Mestre se mostra sedutoramente enigmático.
Elenco: Philip Seymour Hoffman e Joaquin Phoenix