Phillip Noyce
Angelina Jolie, Liev Schreiber
Novo veículo de Angelina tem bons momentos, mas falta originalidade
De repente, estamos na primeira parte dos anos 80: os norte-americanos morrem de medo de espiões russos, os filmes de ação ao estilo “rápido e intenso” dominam os cinemas. O único detalhe é que estamos no presente e Salt, o filme em questão, tem todos esses elementos citados – o que não é necessariamente ruim, mas também não proporciona muito mais do que entretenimento barato. Angelina Jolie interpreta a personagem-título, uma agente do governo dos Estados Unidos que se joga em uma fuga sem fim depois de uma acusação: ela seria uma espiã russa implantada na terra do Tio Sam para uma missão a longo – muito longo – prazo. Encaixe aí muitas cenas de perseguição, algum drama pessoal e uma referência a um dos inimigos atuais do país, no caso a Coreia do Norte. O jogo de misturar bandidos a heróis, nunca deixando claro quem é o mocinho, até é uma ideia interessante, mas se perde em meio a cenas em que a protagonista constrói uma bazuca com produtos de limpeza (é sério!).
Paulo Terron