Danny Boyle
Peter Travers Publicado em 14/01/2016, às 16h10 - Atualizado às 16h27
O falecido cofundador da apple era péssimo nas relações pessoais, mas sempre foi imbatível no universo digital, influenciando até os campos da música e da animação. O Steve Jobs interpretado por Michael Fassbender é um furacão de ferocidade e sentimentos reprimidos. Ele também é charmoso, sedutor e divertido, o que o torna mais perigoso para quem chega perto. O filme procura mostrar o homem em três momentos-chave da carreira dele. A primeira parte foi gravada em 16 milímetros e começa em 1984 em Cupertino, Califórnia, onde Jobs apresenta o revolucionário Macintosh. A segunda, registrada em widescreen, tem início em 1988, em São Francisco, onde o empresário, demitido pela Apple, revela o incompreendido projeto de computador NeXT. No terceiro segmento, filmado em alta definição, Jobs é
mostrado em 1998 também em São Francisco, quando, em um momento definidor, apresenta o iMac. O roteiro de Aaron Sorkin nunca suaviza para Jobs, mas Fassbender também nos mostra a humanidade dele. Isso é essencial para entendermos o pioneiro renegado que criou
produtos sofisticados, embora por dentro de si só tivesse circuitos emaranhados.
