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Um Lugar Qualquer

Redação Publicado em 07/02/2011, às 09h48 - Atualizado às 09h48

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Divulgação
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Sofia Coppola

Stephen Dorff, Elle Fanning

Diretora aposta em seu estilo pessoal e pop e volta a agradar

A filha do mestre Francis Ford estabeleceu há muito independência cinematográfica e completa com seu quarto longa-metragem, Um Lugar Qualquer, um conjunto de obra coerente, sempre feminino, entre o inesperado e o inusitado e de narrativa leve, sem significar falta de profundidade – com exceção de Maria Antonieta, que era um confeito intencional. O novo trabalho de Sofia comunica-se diretamente com o premiado Encontros e Desencontros, seu filme mais cultuado até a data: dois personagens deslocados de contexto e com idades díspares se unem imprevistamente para enfrentar um momento delicado de suas vidas. No caso, aqui, é um pai, um ator mulherengo de Hollywood, de constantes altos e baixos, e a visita inesperada de sua filha de 11 anos. A diretora acerta em cheio na corajosa escolha dos atores: Stephen Dorff está “queimado” em Hollywood, é considerado pé frio e há anos não emplaca um sucesso; já Elle Fanning, 12 anos, irmã mais nova da talentosa Dakota Fanning, tira total proveito de sua primeira protagonista. A química entre os atores é palpável, e Sofia elabora com eles mais uma fábula sobre reavaliação de vida de forma fluida e elegante. A boa trilha sonora tem Phoenix, Bryan Ferry, Strokes, T-Rex, Police e Foo Fighters.

CHRISTIAN PETERMANN