Capcom
PS3/X360
Amadurecer não é preciso
A moda de revitalizar grandes sucessos do passado em uma forma mais “moderna” parecia passageira, mas definitivamente não o é: um dos novos produtos a tentar lucrar em cima da nostalgia é Bionic Commando, continuação/reformulação de um game clássico dos anos 80. O protagonista, Rad Spencer ,agora tem dreadlocks, barba malfeita, usa regata e faz cara de mau. Isso sem contar a quantidade de palavrões gratuitos que são berrados por todos os personagens o tempo inteiro, quase como se quisessem lembrar o jogador de que Bionic Commando cresceu e não é mais “para criança”. Os controles nunca funcionam bem como deveriam e as limitações arbitrárias em todas as áreas do jogo irritam e confundem. Sem contar que toda vez que você morre por causa de um desses artifícios (o que é frequente) lá vem mais uma tela de loading para sugar um minuto a mais de sua vida. O amadurecimento só não aconteceu o suficiente onde mais deveria: na jogabilidade. O maior inimigo, no fim das contas, é o próprio jogo em si.
POR GUSTAVO LANZETTA