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BioShock 2

Redação Publicado em 11/03/2010, às 09h37 - Atualizado às 11h29

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Divulgação
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2K Games

Xbox 360 / PlayStation 3 / PC

Estado de Choque

Jogo de alto teor cinematográfico incrementa o que já era perfeito

Na indústria cultural, reza o conceito de que uma continuação jamais chega aos pés de um produto inicial. No caso do cinema, O Poderoso Chefão é o caso clássico e raro de parte dois tão boa ou melhor do que a parte um. Muito por conta dos crescentes avanços tecnológicos, a situação contrária é uma constante nos games. Não são poucas as sequências de jogos consagrados que se mostram bem melhores do que a encomenda. O primeiro Bioshock se enquadra neste caso: saiu em 2007, quase em silêncio, e foi eleito o melhor daquele ano por um punhado de especialistas. Os ingredientes da trama – impressionante, complexa e cheia de referências espertas – ajudaram a atrair a atenção para um game que poderia passar batido entre outros semelhantes: uma cidade perdida submarina controlada por um ditador insano, crianças possuídas protegidas por gladiadores obcecados, engenharia genética e uma dose de horror de sobrevivência e espiritualismo. A parte dois só incrementa a excelência estabelecida pelo primeiro jogo, com avanços notáveis no enredo e uma considerável virada de mesa na jogabilidade: se no primeiro game o protagonista era um homem comum, em Bioshock 2 ele retorna, travestido como o grande vilão robotizado do game anterior. A parte boa: não existe a obrigação de se conhecer a parte um para se aproveitar a dois, mas só tem a ganhar aquele que mergulhar de cabeça no claustrofóbico mundo de Rapture. Por conta dos dois capítulos lançados até agora, Bioshock já garantiu espaço entre as grandes realizações alcançadas pelos videogames. É torcer para que Hollywood não estrague tudo na bastante provável versão cinematográfica.

Pablo Miyazawa