Activision Blizzard
PS2/PS3/Xbox 360/Wii
Enforquem o DJ
Recursos realistas e trilha sonora inusitada reforçam ineditismo do sucessor natural de Guitar Hero
A base da dinâmica de jogo é a mesma da franquia irmã Guitar Hero, mas o desafio de DJ Hero vai muito além de apenas pressionar botões coloridos no momento certo. Na prática, ele se compara a situações em que você tem de fazer duas coisas ao mesmo tempo. Uma mão cuida da metade “disco” do estiloso joystick em forma de picape, que conta com três botões e gira em 360˚ (em momentos específicos, manter um botão apertado e mover o disco para a frente e para trás resulta em scratches). A outra mão é usada para controlar: 1. A parte equivalente ao mixer, composto por um crossfader, cuja função é isolar partes das músicas quando necessário; 2. Um botão giratório que distorce o som em seções específicas; e 3. Um botão luminoso que ativa a habilidade Euphoria, que duplica a pontuação recebida a cada nota bem-sucedida. É um esquema trabalhoso e difícil de ser dominado, mas viciante o bastante para compensar a ausência de alguns recursos no jogo, como um modo criação de músicas próprias e modalidades multiplayer mais variadas. A trilha sonora não se limita só à música eletrônica e conta com remixes inusitados – Daft Punk e Queen, 50 Cent e David Bowie, Rihanna e The Killers –, mas se consagra como uma das melhores do ano graças à criatividade de DJs como Grandmaster Flash, Z-Trip e DJ Shadow, que, além de criarem os sons disponíveis do jogo, dão as caras como personagens virtuais.
Por Felipe Azevedo