Harmonix
PSP
Sem Banquinho nem Violão
Versão portátil é bom passatempo, mas não substitui experiência “de verdade”
O subtítulo pode dar uma ideia errada: a estreia da série Rock Band no videogame portátil da Sony não tem um repertório só de clássicos acústicos, estilo “som de barzinho”. Aparentemente a intenção é brincar com o fato de o PSP não estar ligado a um monitor ou TV e, portanto, estar “desplugado”. Mesmo porque versões ao violão de “Ace of Spades” (Motörhead), “Chop Suey” (System of a Down) e “The Perfect Drug” (Nine Inch Nails) – todas no repertório do jogo – ficariam sofríveis. Pensando na diversão rápida, o recurso de desbloquear todas as músicas (sem precisar acumular pontos ou passar por fases) cai muito bem. O problema desse modo de jogo, o “Quickplay”, é que não é possível escolher os instrumentos que se quer tocar: eles são executados todos ao mesmo tempo, sendo que o jogador músico precisa se alternar entre eles. E ainda há o detalhe do vocal, que aqui foi adaptado ao estilo dos outros instrumentos (com notas coloridas), resultando em algo bem estranho. É preciso aceitar o fato de que o game de forma alguma substitui um Rock Band “de verdade”. Ele é mais um paliativo para matar o tempo quando se está longe dos consoles, e algo que substitui – com muita classe, é verdade – os jogos de guitarra genéricos que infestam os celulares atualmente.
POR PAULO TERRON