Bem intencionado, game musical troca instrumentos de plástico por guitarra de verdade
A proposta de Rocksmith é ensinar o jogador a tocar guitarra. Já ouviu essa história antes? Mas há uma diferença gritante aqui: em vez de tralhas plásticas descartáveis, desta vez o jogo exige um instrumento real, que deve ser conectado diretamente ao videogame com um cabo (incluso no pacote). Salvo esse “pequeno” detalhe, Rocksmith se porta tal qual uma versão solitária de games festeiros como Guitar Hero ou Rock Band: a música toca (um belo repertório localizado entre o rock clássico e o indie recente), as “notas” deslizam pela tela por cima de linhas coloridas (as cordas do instrumento) e a dificuldade cresce à medida que se progride tecnicamente (ou seja, quanto melhor se toca, mais desafiador o jogo se torna). A tecnologia é digna de aplausos: o som da guitarra é propagado pelo game em tempo real, sem engasgos, incorporando efeitos e timbres diversos com desenvoltura. Tudo lindo, mas qual o porém? Além de não ser um game propriamente dito (é muito mais uma ferramenta de exercícios do que qualquer coisa), este é um produto destinado apenas a quem possui vagas noções de guitarra – algo localizado entre os níveis iniciante e intermediário –, dada a falta de desafios substanciais. Quem já toca com desembaraço não encontrará motivações para explorar Rocksmith por muito tempo. E outra: se o indivíduo já possui uma guitarra em casa, será que ele precisaria de um videogame para aprender a tocar? Mesmo assim, já é um belo esforço na direção de uma proposta realmente louvável. Os próximos games da série certamente se sairão melhor.
Fonte: Ubisoft
Plataforma: Xbox 360 / PlayStation 3 / PC