Freddie Mercury
Redação
Publicado em 07/04/2010, às 07h52 - Atualizado às 08h01Selim Rauer
Planeta
Muito Maior Que a Vida
A bombástica intimidade do cantor do Queen é exposta em livro revelador
No ano que vem, vão ser lembrados os 20 anos da morte de Freddie Mercury. E já tem gente se antecipando, como o jornalista e escritor francês Selim Rauer, que acaba de lançar esta biografia sobre o cantor do Queen, que morreu em 1991, vitimado pela aids. Jim Hutton, que foi amante de Mercury por quase dez anos e esteve presente no seu leito de morte, escreveu há alguns anos uma obra bem detalhada sobre o dia a dia de Mercury. Rauer vai além e procura destrinchar a agora notória vida particular de Mercury. Ele detalha a busca incessante de Mercury pelo prazer. A vida do cantor do Queen se tornou particularmente desregrada quando ele deixou a vigilante Londres e descobriu a cena gay de Nova York. Mercury tinha um amante a cada dia e sexo e drogas eram seu combustível. Rauer fala da passagem do Queen no Rio de Janeiro em 1985, quando o grupo veio tocar no Rock in Rio. Mercury, hospedado no Copacabana Palace, escolhia garotos bonitos a dedo para suas orgias. Como dá para perceber, o livro não se furta em ser sensacionalista. Mas Rauer, que é fã confesso, reforça que Mercury era na verdade um solitário e que apenas tentava viver a vida intensamente.
Entrevista – Selim Rauer
O seu livro não economiza fatos picantes sobre o cantor. Por que?
Sim, ele era um hedonista ao extremo. Mas Freddie não era um exibicionista sexual. Ele podia viver no excesso dentro de quatro paredes, mas não queria chocar as pessoas. Não era modelo para nada e não queria quebrar barreiras. Ele era um homem, que acima de tudo guardava com ferocidade sua vida pessoal e a das pessoas que conviviam com ele. Tanto que muitos detalhes íntimos só vieram à tona agora, muitos anos depois de sua morte.
Como você define o artista Freddie Mercury?
Ele era das grandes figuras do rock, um cantor, pianista e compositor muito versátil. Possuía uma grande habilidade para juntar elementos de ópera e heavy metal e transformar tudo em produto capaz de agradar às massas. No palco, era um gigante. E até hoje não apareceu um cantor capaz de dominar um estádio lotado como o Freddie. Para mim, Bono nem chega perto dele.
Paulo Cavalcanti