Pai do Genoma diz que Deus existe
Há nos EUA um movimento que é moda, sobretudo entre roqueiros: chama-se brights, vulgo brilhantes. É comandado por um filósofo norte-americano, Daniell Dennett, e por um biólogo da Grã-Bretanha, Richard Dawkins. São todos darwinistas de cartei-rinha assinada. Um notório membro dessa casta é um roqueiro punk: Greg Graffin, líder da banda Bad Religion. Em 2003, ele virou Ph.D. pela Universidade de Cornell. A tese do punk Graffin mostrava que, dentre 149 biólogos evolucionistas, 130 não acreditam em Deus. Os brights dizem que há 40 milhões de ateus nos EUA que não podem admiti-lo, senão perdem empregos. Defendem que Deus precisa ser investigado. Mas agora, os brights, que se julgavam donos da palavra final, estão levando uma estocada divina. Sai no Brasil A Linguagem de Deus, de Francis S. Collins, homem diretor do mapeamento do DNA chamado Projeto Genoma. Sem meias palavras, Collins diz que era um ateu até seus 26 anos de idade e agora acredita profundamente em Deus. Seu argumento filosófico é interessante: se Deus é sobrenatural, não pode ser verificado por leis naturais. Mas Collins quebra a sua cabeça quando mostra que os genes chamados Elementos Repetitivos Antigos (ERA), presentes na seqüência do DNA, aparecem truncados, com defeitos, exatamente na mesma posição, por exemplo, no cromossomo de um camundongo e do homem. Por que esse erro no mesmo lugar, em dois seres tão diferentes? É porque uma mesma matriz criou homem e rato. Segundo Collins, essa mesma matriz é Deus. Vale a pena ler.
Por Claudio Julio Tognolli
Filosofia
Francis Collins
01
05
2007