Recife, anos 90. O Movimento mangue beat foi o responsável por não só fazer a ponte do universo imaginário popular da cidade com o centro-sul do país, como por inverter o eixo cultural ao se tornar um dos principais movimentos musicais da década. Chico Science, Zeroquatro & Faces do Subúrbio, de Moisés Neto, conta a história por detrás do mangue beat, resposta dos jovens de classe média baixa do Recife que usou sua própria cultura como forma de resistência. O livro parte dos movimentos e ritmos musicais que influenciaram o mangue beat, como o flower power, a filosofia oriental, o punk, o hip hop e o mangue, fator determinante da geologia recifense, e termina com uma breve análise semiótica da última refeição de Science ("Sushi com coca-cola"). É uma pena, porém, que a edição do livro seja tão ruim. Não espere fotos, capa, nem uma diagramação amigável.
Por M. C.
Literatura Nacional
Moisés Neto
01
12
2006