Guillermo del Toro
Diretor escapa das armadilhas do gênero em filme de ação que enche os olhos
So ver o trailer de Círculo de Fogo, pensei que Guillermo del Toro tivesse se transformado em Michael Bay, o anticristo da fantasia tecnológica. Felizmente o filme é o trabalho de um humanista disposto a banir o cinismo em troca de compaixão. No futuro, o planeta é dizimado por Kaijus, criaturas gigantes que entram por uma brecha do Oceano Pacífico. O mundo livre constrói robôs chamados Jaegers para derrotar os invasores. Cada Jaeger precisa de pelo menos dois operadores humanos para funcionar. Mas, se fizerem um movimento errado, eles explodem. Círculo de Fogo é uma maravilha visual e os atores não se perdem em meio ao espetáculo. Robôs e alienígenas oferecem batalhas emocionantes e o diretor coreografa a ação com a batida do coração. Assim, o filme é resultado da fusão mental do Del Toro artista com a criança que ainda existe dentro dele. E o diretor nos deixa embasbacados.
Elenco: Charlie Hunnam, Rinko Kikuchi