Iron Maiden Fotografias
Redação
Publicado em 15/10/2010, às 12h04 - Atualizado às 12h10Madras
Donzela em Imagens
Fotos destrincham a longa carreira da banda inglesa de heavy metal
Um sujeito passou 27 anos fotografando os integrantes do Iron Maiden, estivessem eles no palco, em quartos de hotel, comendo, bebendo, retocando a maquiagem antes dos shows ou fazendo uma careta. O resultado está no livro Iron Maiden – Fotografias. O paciente fotógrafo é ninguém menos que o inglês Ross Halfin, um dos mais requisitados quando o assunto é rock. “Ross teve acesso aos bastidores do Iron mais do que qualquer outra pessoa”, diz Rod Smallwood, empresário do grupo, na apresentação da obra. Comentário simpático para quem ordenou “nada de fotos sorrindo” assim que Halfin começou a “perseguição” ao Maiden, segundo conta o fotógrafo. Com o tempo, Ross ganhou liberdade e conseguiu imagens inusitadas da trupe. Estão lá os músicos pelados em uma piscina, por exemplo. Os registros de shows são um capítulo à parte. Halfin é especialista em obter belas fotos quando capta uma banda no palco. Também as viagens surgem a partir das lentes de Halfin. O Iron Maiden é visto no Rio de Janeiro e em inúmeros pontos do planeta, em todas as fases da carreira. Dá até a impressão de que Ross participou da vida do grupo de tal forma que seria mais fácil o Iron esquecer os instrumentos em casa do que circular sem o fotógrafo. E o melhor é que Halfin retratou todas as fases do Maiden, do começo com o vocalista Paul Di’Anno, a breve passagem de Blaze Bailey e, é claro, a longa e bem-sucedida fase Bruce Dickinson.
Entrevista Paul Di’Anno
O que você lembra quando vê estas fotos?
Das viagens! Eram tantos lugares diferentes e incríveis. Foi um tempo que rodamos toda a Europa. Estivemos na Iugoslávia, Holanda, Alemanha... Tocamos com o Kiss, com o Judas Priest. Às vezes nem sabíamos onde estávamos, mas pelas fotos do Ross dá agora para identificar os locais.
E com certeza deve bater uma certa nostalgia...
Sim, mas também recordo de algumas coisas ruins do período. Como as brigas com o Steve [Harris], ele estava pegando muito no meu pé. Teve um tempo que eu não aguentava mais o clima e aí foi melhor sair. Mas tudo bem. Éramos jovens, deu para beber, nos divertir e aproveitar bastante. E viajar!
Por Paulo Cavalcanti
José Noberto Flesch