Lo-Fi – Música Pop em Baixa Definição

Marcelo B. Conter

P.C.

Publicado em 20/12/2016, às 11h38 - Atualizado em 27/12/2016, às 14h02
Lo-Fi – Música Pop em Baixa Definição - Reprodução
Lo-Fi – Música Pop em Baixa Definição - Reprodução

Nem sempre é fácil definir o que é a chamada música lo-fi. Grosso modo, é a música produzida com equipamentos não muito sofisticados, muitas vezes de forma caseira ou amadora. A intenção dos autores não é fazer com que suas produções soem bombásticas ou grandiloquentes. E isso não significa que apenas nomes desconhecidos façam trabalhos nesse estilo – os Beach Boys tiveram vários álbuns lo-fi, como Smiley Smile e Wild Honey (ambos de 1967). E o Nirvana, que era uma banda a princípio operando no terreno do lo-fi, se tornou uma das maiores lendas do rock. O estilo muitas vezes é associado à música acústica, mas nomes do pop eletrônico também entram na jogada.

Para completar, existe a predileção de músicos e produtores pelas fitas cassete, algo que tem voltado à tona, ainda que de maneira tímida. Neste livro, Marcelo B. Conter, pesquisador e músico, joga com todas essas informações, suas teorias e variantes. Esta é uma história que fala muito sobre tecnologia e que é de grande interesse para audiófilos – existem várias páginas da obra falando apenas de aspectos técnicos. Mas também é um passeio pelo lado B (ou Z) do mercado fonográfico. Alguns dos destaques são o pioneiro inglês Joe Meek, nomes indie, como Daniel Johnston e My Blood Valentine, além de brasileiros fora do esquema, como o bizarro Tony da Gatorra e o trágico Yoñlu.

Fonte: Appris Editora