Isadora Krieger
Ao final de Memória da Bananeira, não sabemos se o que lemos foi prosa, poesia, uma novela ou um romance fragmentado. Justamente aí reside a força da obra. A autora cria uma história que rejeita convenções e ainda faz questão de satirizá-las. Isadora usa a narrativa epistolar (a linguagem de cartas) e com esse recurso dá vida a personagens de nomes curiosos, como O Vizinho Que Igualmente É Triste. Não é um livro fácil e nem tudo são flores – em alguns momentos, ela pesa a mão na experiência da linguagem. Mas não é vanguarda vazia. Existe um cuidado com a forma e o livro diverte e emociona.
Fonte: Carniceria Livros e A Ofi cina do Santo