Ken Sharp com Gene Simmons e Paul Stanley
Integrantes e colaboradores lembram o começo e a ascensão da banda nova-iorquina
Em praticamente cada página desse livro divertido, informativo, mas com pouco contexto crítico, aparece alguém para recordar o poderio do Kiss quando a banda surgiu no começo da década de 70. São contos de como o quarteto parecia gigante em suas botas de plataforma, de como a pirotecnia que usavam conseguiu superar Alice Cooper e de como o Kiss fazia picadinho das bandas que tocavam depois deles. E, sim, todo mundo lembra que Ace Frehley bebia demais. Nothin’ to Lose é basicamente a história de quatro joões-ninguém ambiciosos que, usando maquiagem de história em quadrinhos e juntando metal e técnicas de marketing, viraram superastros com o inatacável Alive!. O livro tem muita coisa legal, como relatos sobre a cena pré-punk de Nova York e como funcionava o circuito de turnês da época. O Slade ganha os merecidos elogios por ter influenciado a banda e é possível dar risadas com o relato de uma guerra de tortas envolvendo o Kiss e os sempre certinhos integrantes do Rush. Mas há pouco sobre groupies e nada sobre drogas. Resumindo: é muito sobre espetáculo e pouco sobre música em si. Com o Kiss, a gente sabe que é assim mesmo.
Fonte: Benvirá