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Stones em Palavras

Rolling Stones

Paulo Cavalcanti Publicado em 13/09/2012, às 10h43 - Atualizado às 10h46

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<b>BIQUINHO</b> O impenetrável Jagger é foco de biografi a - Divulgação
<b>BIQUINHO</b> O impenetrável Jagger é foco de biografi a - Divulgação

Ano de aniversário continua rendendo livros sobre a banda

No best-seller vida, o guitarrista Keith Richards não poupou Mick jagger e pegou no pé de seu parceiro de banda. A biografia de Marc Spitz parece até uma resposta ao livro de Richards – ele quer dar a impressão de que Jagger não é tão “bundão” como parece ter se tornado nestes últimos anos. Não é culpa de Spitz se o livro é superficial e pouco revelador. O refratário e escorregadio Jagger é um ator posando de astrodo rock e passa ao público a imagem que pode ser moldada conforme os interesses. Certa vez, o cantor falou que nunca iria escrever uma autobiografia, já que achava as lendas inventadas sobre ele e os Stones mais divertidas do que a realidade. Se é assim, esta biografia de Spitz só alimenta a mitografia e nem chega perto da essência do verdadeiro Michael Phillip Jagger. Mas houve uma vez que a autoconfiança de Jagger foi abalada. Foi em 1967, quando ele e Keith Richards foram presos por porte de drogas e jogados sem cerimônia atrás das grades pela Justiça inglesa. Encurralados – Os Stones no Banco dos Réus é um exaustivo relato dos problemas jurídicos enfrentados pelos líderes da banda naquele momento delicado. O livro é interessante por jogar no mesmo caldeirão astros do rock, traficantes, junkies, socialites, advogados, políticos e policiais, todo mundo com um pouco de culpa no cartório naqueles tempos desvairados de Swinging London.